Reflexão Final

Chegar ao fim desta unidade curricular deixa-me com um sentimento muito claro: foi uma experiência verdadeiramente enriquecedora, tanto a nível académico como pessoal. Ao longo destas semanas, tive a oportunidade de aprofundar conhecimentos, refletir sobre a minha futura prática profissional e, acima de tudo, descobrir mais sobre quem sou e quem quero ser enquanto professora.

Este portfólio é, em parte, o reflexo desse percurso. Optei por desenvolvê-lo em formato digital, através de um site, não apenas por considerá-lo mais apelativo, mas também porque me identifico com a área do marketing desportivo e da comunicação — uma paixão que cultivo também no papel que desempenho na Associação de Estudantes, na vertente de imagem e comunicação. Este formato permitiu-me dar asas à criatividade e expressar de forma mais pessoal o que aprendi e senti ao longo da unidade curricular.

Sendo atleta, treinadora e estudante de mestrado de  Ensino em Educação Física nos Ensinos Básicos e Secundários, reconheço que a minha rotina é intensa e bastante exigente. Este curso, de forma geral, obriga-nos a estar constantemente a cumprir com prazos apertados, trabalhos exigentes e múltiplas responsabilidades. Neste contexto, gerir o tempo de forma eficaz não é apenas uma competência útil — é uma necessidade vital. E esta unidade curricular, pela sua natureza reflexiva, fez-me parar , pensar e entender a importância de uma boa organização.

Confesso que, até há pouco tempo, o pensamento de vir a ser professora me gerava algum receio. Questionava-me se estaria preparada, se seria capaz de corresponder às expectativas, de lidar com os desafios que surgem em sala de aula. Mas esta unidade curricular veio, de certa forma, acalmar esse medo e transformar essa incerteza em algo que eu já sei que quero ser e fazer. Através das temáticas abordadas e dos trabalhos realizados, comecei a desenhar a imagem da professora que quero ser: uma professora próxima, que cria um espaço tranquilo, seguro e divertido e ,acima de tudo, um espaço de aprendizagem e crescimento dos meus alunos.

Quero construir aulas que não se limitem ao plano motor, mas que valorizem igualmente o lado emocional, psicológico e social dos meus alunos. Quero ser alguém que os ajuda a tornarem-se melhores pessoas e melhores cidadãos, com espírito crítico, empatia e sentido de responsabilidade. Sei que a educação física tem esse poder transformador — e é esse poder que quero aprender a cultivar.

Um dos momentos mais marcantes deste percurso foi, sem dúvida, o trabalho de grupo onde tivemos de desenvolver três planos de aula teóricos e três práticos, com foco nos conceitos psicossociais. Nunca tinha refletido tão a fundo sobre como trabalhar, de forma concreta e intencional, valores como o espírito de equipa, a inclusão, o fair-play, a autonomia e a responsabilidade. Foi, sem dúvida, um dos trabalhos mais valiosos que realizei — e revelou-se essencial para perceber como estes aspetos podem (e devem) ser integrados nas nossas práticas pedagógicas. Estes valores são, na verdade, a base de uma educação transformadora e são eles que ajudam os alunos a crescer dentro e fora da escola.

O trabalhar em grupo, ensinou-me também a lidar com diferentes tipos de personalidade, o que nem sempre é fácil. Houve momentos em que os desafios do grupo ultrapassaram o esperado. Por vezes, senti que o peso do trabalho não foi distribuído de forma justa, com algumas tarefas a recair sempre sobre os mesmos elementos, o que naturalmente gerou algum desgaste. Apesar disso, mantive o meu compromisso, porque sei que quando um trabalho é feito em grupo, há uma responsabilidade coletiva que não pode ser ignorada. Nem sempre é fácil lidar com a falta de empenho alheio, mas sei que estas situações fazem parte da vida — e são também oportunidades para reforçar a resiliência, a comunicação e a capacidade de gerir relações humanas. Aprendi a manter o foco, a não baixar os braços e, sobretudo, a não comprometer a qualidade do que faço por fatores externos.

No fim de contas, esta unidade curricular foi muito mais do que um conjunto de aulas — foi um espaço de construção, de descoberta e de crescimento. Deu-me ferramentas valiosas, não só para o futuro profissional, mas também para o presente. E, acima de tudo, confirmou a certeza de que quero ser uma professora que educa com o coração, com intenção e com impacto. Uma professora que não ensina apenas a  fazer a "cambalhota" correr, saltar ou lançar … mas que ensina a ser.

© 2025 Reflexões da Marta. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Webnode Cookies
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora